Nestas últimas semanas ando meio pensativo, refletindo sobre a vida perante aos últimos acontecimentos e peças que ela tem me pregado, é engraçado como vivemos em uma fina linha tênue que separa a alegria e felicidade da tristeza e melancolia.
Fui com um amigo em um shopping e pois bem, avistei uma pequena loja central com aquele famoso cubo mágico. Estranhamente fiquei com uma vontade descontrolada de comprar um para mim, e foi o que fiz. No fim até fizemos amizade com o rapaz que vendia o tal cubo, ele era músico e tinha um filho palmeirense, ah, mas isso não importa muito no momento.
Aonde eu quero chegar? Na verdade, eu estava ali naquele momento e senti uma vontade descabida por algo um tanto quanto inútil ou não, depende do ponto de vista. Mas vale ressaltar, eu não fiquei na vontade, por menor que seja meu desejo, eu o fiz. Isto é uma pequena parte do que vou contar agora.
E o que a vida tem a ver com o cubo mágico? Tudo! Vivemos procurando soluções para arrumar, consertar, arriscar, tudo isto para ser feliz. Mas temos um porém nesta história, a cada momento que você move uma peça, outra peça sai do lugar, é o mesmo efeito que ocorre em um cubo mágico. Ontem estava tentando montá-lo, e percebi algo interessante e intrigante, ao mesmo tempo em que eu tentava montar as peças azuis, as verdes, amarelas e todas as outras se perdiam. Pois bem, eu consegui por fim montar o lado azul do cubo, mas vi que para montar os outros eu teria que desmontar o azul, depois de tanto que eu batalhei por ele.
E onde entra a vida nisto? É a mesma coisa! Sim, temos momentos em nossa vida em que construímos coisas sensacionais e fantásticas, mas ao mesmo tempo destruímos outras, cada escolha torna-se uma renúncia, o mesmo acontecia com o cubo, a cada peça que eu movia tornava-se um quadro construído para o azul e um destruído para o branco.
E quanto ao vendedor e ao cubo que avistei no shopping, isto é apenas um aviso, nunca passe vontade se você pode realizar algo que te fará feliz no momento, por mais simples que seja, pois a vida é uma caixa de surpresas, ou melhor ela é um cubo mágico.
Texto dedicado a dois grandes amigos meus: Santuci e Kah.
Nenhum comentário:
Postar um comentário